“Ereta e incondicionalmente viva, olha para baixo e pensa nesse espaço entrecortado pelo seu e demais olhares. Seu rosto expressa um pensamento denso.... acompanhando o gesto do rosto que se ergue, as sobrancelhas se arqueiam em riste, apontam duplamente e afiadamente o delinear do nariz bem feito e como duas setas lineares, mas, contrárias, cruzam perpendicularmente entre o cume sutil do lábio superior – único lugar em que se encontram – voltando novamente a se afastar pelos lados do queixo liso, demonstrando uma harmonia singular em toda aquela face. Nela, visível - simetria cálida; invisível - geometria de apocalipse... O observador temporariamente esquece-se da indagação inicial, esquece-se até que há indagação... esquece a metafísica feminina por trás daquele olhar perdido, ingenuamente voraz...” by, Jr.
"Existe alguma coisa melhor do que ter alguém com quem te atrevas a falar como contigo mesmo?" Cícero
sexta-feira, 25 de junho de 2010
DUAlidades

Preto e branco. Bem e mal. Bom e ruim. Liso, crespo. Gordo, magro. Alto, baixo. Claro, escuro. Curto, longo. Feio, bonito. Lento, rápido. Doce, amargo. São, doente. Dia e noite. Normal, estranho. Inverno, verão. Chuva e sol. Quente, frio. Líquido, sólido. Grande, pequeno. Solto, preso. Triste, alegre. Longe, perto. Amor e ódio. Céu, inferno. Fogo e água. Fino, grosso. Leve, pesado. Ontem e hoje. Certo e errado. Mulher, homem. Criança, idoso. Calma, stress. Paz e guerra. Bonança, tempestade. Novo, velho. Começo e fim. Não e sim. Eu e você...
Outro dia. A festa continua.

Tem dias que a gente acorda meio lá meio cá. Acorda com vontade de não acordar. De piscar o olho e perceber que a fantasia acabou e o mundo real não é tão chato como ele de fato é. Mas, em meio aos devaneios, percebe-se que tudo está como antes, nada mudou. É apenas mais um dia que deve ser vivido, gratos por respirar e poder superar o ontem... Seja num grito, num sorriso, faz-se necessário extravasar as emoções para que elas não se transformem em uma bomba prestes a explodir - BUM!!! - É preciso fôlego para não entrar em colapso ante as dúvidas, incertezas, apreensões, angústias que surgem no dia-a-dia... Existem tantas perguntas sem respostas... Será que nós queremos tais respostas? Ou será que somente fingimos que não sabemos e as ignoramos? Tédio, tristezas, solidão, desespero, vazio, medo, tensão... e assim, levamos a vida. Ou ela nos leva.
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